terça-feira, 29 de setembro de 2009

O PODER DO AGORA PARA REFLETIR EM OUTUBRO!!!!

Oi pessoal,

Estou eu aqui de novo com o Livro O Poder do Agora....
Queria mandar algo "menorzinho" , mas acho que é essencial esta parte toda para que realmente entendamos o que ele explica sobre a mente. Então, aí vão as páginas 23 e 24. Eu sei que é um pouquinho extenso, mas como envio apenas textos mensalmente, façam um esforço...vale a pena.
Um bom mês de outubro a todos,
Airamaia

Pensar não é essencial para sobrevivermos neste mundo?
A sua mente é um instrumento, uma ferramenta. Existe para ser usada numa tarefa específica e, quando essa tarefa termina, põe-se de parte. Assim sendo, eu diria que cerca de 80 a 90 por cento do pensamento da maioria das pessoas é não só repetitivo e inútil, mas, devido à sua natureza disfuncional e muitas vezes negativa, é também muitas vezes prejudicial. Observe a sua mente e verá que isto é verdade. Provoca uma perda considerável de energia vital.
Esta espécie de pensamento compulsivo é, na realidade, um vício. O que é que caracteriza um vício? Muito simplesmente isto: você deixa de sentir que tem a opção de parar. Parece ser mais forte do que você. E dá-lhe igualmente uma falsa sensação de prazer, prazer esse que invariavelmente se transforma em dor.
Por que motivo seríamos nós viciados em pensar?
Porque você se identifica com o pensamento, o que significa que obtém a sua sensação de identidade a partir do conteúdo e da atividade da sua mente. Porque você acredita que deixaria de existir se deixasse de pensar. Ao crescer, você forma uma imagem mental da pessoa que é com base nos seus condicionamentos pessoais e culturais. Podemos dar o nome de ego a esse eu fantasma. Consiste na atividade da mente e só pode continuar a funcionar através do pensar constante. O termo ego significa diferentes coisas para diferentes pessoas, mas quando eu o uso aqui significa um falso eu, criado por uma identificação inconsciente com a mente.
Para o ego, o momento presente praticamente não existe. Apenas o passado e o futuro são considerados importantes. Esta total inversão da verdade explica o fato de a mente ser tão disfuncional quando está a funcionar como ego. O ego preocupa-se constantemente em manter vivo o passado, porque, sem ele, quem seria você? Projeta-se constantemente no futuro para garantir a continuidade da sua sobrevivência e para procurar aí algum tipo de libertação ou de satisfação. Ele diz: "Um dia, quando isto, ou aquilo, acontecer, eu vou sentir-me bem, feliz, em paz." E mesmo quando o ego parece preocupar-se com o presente, não é o presente que ele vê: distorce-o completamente porque o vê através dos olhos do passado. Ou então reduz o presente a um meio para alcançar um fim, fim esse que fica sempre no futuro que a mente projeta. Observe a sua mente e verá que é assim que funciona.
O momento presente possui a chave para a libertação. Mas você não poderá descobrir o momento presente enquanto você for a sua mente.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

O PODER DO AGORA 3

OI GENTE,

ESSE TRECHO DO LIVRO É PURA MEDITAÇÃO.....ALÉM DE SER DIFICÍLIMO...MAS VALE TENTAR....
BJCAS
AIRA
Quando escutar um pensamento, esteja ciente não só do pensamento, mas também de si próprio como testemunha do pensamento. Surge então uma nova dimensão de consciência. E, enquanto ouve o pensamento, sentirá uma presença consciente – a do seu eu mais profundo – por trás do pensamento, subjacente a ele. O pensamento perderá então o poder que tem sobre si e rapidamente abrandará, porque você deixou de estimular a mente através da sua identificação com ela. É o começo do fim do pensar involuntário e compulsivo.
Quando um pensamento abranda, você sente uma descontinuidade no caudal mental – um hiato de ausência de mente. Ao princípio, os hiatos serão curtos, talvez de alguns segundos, mas gradualmente tornar-se-ão mais prolongados. Quando esses hiatos ocorrem, você sente uma certa quietude e uma certa paz dentro de si. É o início do seu estado natural de união sentida com o Ser, a qual é geralmente ofuscada pela mente. Com a prática, a sensação de quietude e de paz será mais profunda. De fato, a sua profundidade não tem fim. Sentirá igualmente uma subtil emanação de alegria a surgir bem do fundo de si: a alegria do Ser.
Não é um estado que se pareça com um êxtase. De maneira nenhuma. Aqui não há perda da consciência. Antes pelo contrário. Se o preço da paz interior fosse uma diminuição da sua consciência e o preço da quietude uma falta de vitalidade e de vivacidade, então não valeria a pena ter essa paz e essa quietude. Nesse estado de ligação interior, você encontra-se muito mais atento, muito mais desperto do que no estado de identificação com a mente. Está plenamente presente. Esse estado eleva igualmente a frequência vibratória do campo de energia que dá vida ao corpo físico.
À medida que entra mais profundamente nesse reino de ausência de mente, como por
vezes se diz no Oriente, atingirá o estado da pura consciência. Nesse estado, sentirá a sua própria presença com tal intensidade e com tal alegria que, por comparação, todo o pensar, todas as emoções, o seu corpo físico, assim como todo o mundo exterior, se tornarão relativamente insignificantes. E apesar disso, não é um estado egoísta, mas antes um estado altruísta. Transporta-o para além do que anteriormente considerava ser o "seu eu". Essa presença é a essência de quem você é, mas ao mesmo tempo é inconcebivelmente maior do que você. O que eu estou a tentar transmitir aqui poderá parecer paradoxal ou até mesmo contraditório, mas não existe nenhuma outra maneira de eu me exprimir.
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